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Na segunda perspetiva, podem observar-se certas diferenças entre o conceito de RSC e a

sustentabilidade. No entanto, estas diferenças devem ser tratadas com cuidado e em perspetiva.
Algumas destas diferenças estão listadas abaixo:

• Visão – A RSC olha muitas vezes para o passado e reflete sobre como uma
organização tem contribuído para a sociedade.

• Sustentabilidade olha para o futuro e procura soluções sustentáveis.

• Prazo – A RSC está mais associada a prazos mais curtos e à sustentabilidade com
os mais longos.

• Motivação – a motivação para a RSC costuma ser a proteção da reputação de uma
empresa e manter um bom nome entre os seus colaboradores. A sustentabilidade
tem mais a ver com a criação de novas oportunidades para mercados existentes ou
novos.

• Foco – O objetivo da RSC é muitas vezes determinado pelas opiniões ou pressões
exercidas por vários grupos – por exemplo, os meios de comunicação social, os
políticos, etc. Muitas opiniões da RSE consideram-na algo semelhante às relações

públicas para investidores, meios de comunicação social, políticos e outros grupos
de "pressão". Sustentabilidade olha para toda a cadeia de valor – do cliente final a
outros acionistas.

Empreendedorismo e inovação social

O empreendedorismo social é um conceito intimamente ligado à chamada economia social; a
economia social pode ser vista como um conceito abrangente para o empreendedorismo social.
Como é que entendemos então o que é a economia social e o que é o empreendedorismo social?

A economia social engloba entidades como associações, fundações, cooperativas, mutuamente
benéficas ou outras organizações que fornecem produtos, bens e serviços com consideração de
interesses económicos e sociais (Fonteneau et al., 2011). Baseiam-se no princípio da linha de
fundo tripla. A base deste princípio é simples. Uma organização que defende o conceito de linha

de fundo tripla mostra que está focada não só na obtenção de lucro e crescimento económico,
mas também no planeta e nos aspetos ambientais da sua atividade. Por último, centra-se
também nas pessoas, nos aspetos sociais da sua atividade.
Nicholls (2008) vê o empreendedorismo social como um conjunto de atividades inovadoras e
eficazes que se concentram estrategicamente na reparação de falhas no mercado social e na

criação de novas oportunidades de forma a criar valor acrescentado social de forma a maximizar
o impacto social e criar um ambiente de mudança.
Tessea (2011) vê o empreendedorismo social como atividades empreendedoras que beneficiam

a sociedade e o ambiente.

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