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A população mundial está a crescer e com ela a procura de matérias-primas. No entanto,  o

                  fornecimento de matérias-primas cruciais é limitado.
                  O fornecimento finito também significa que alguns países da UE dependem de outros países
                  para as suas matérias-primas.

                  Além disso, a extração e utilização de matérias-primas tem um grande impacto no ambiente.
                  Aumenta também o consumo de energia e as emissões de CO2. No entanto, uma utilização mais
                  inteligente das matérias-primas pode reduzir as emissões de CO2.

                  Medidas como a prevenção de resíduos, a conceção ecológica e a reutilização poderiam poupar
                  dinheiro às empresas da UE, reduzindo simultaneamente as emissões totais anuais de gases
                  com  efeito  de  estufa.  Atualmente,  a  produção  de  materiais  que  utilizamos  todos  os  dias
                  representa 45% das emissões de CO2.

                  Avançar para uma economia mais circular poderia trazer benefícios como a redução da pressão
                  sobre o ambiente, a melhoria da segurança do fornecimento de matérias-primas, o aumento da
                  competitividade, o estímulo à inovação, o aumento do crescimento económico (mais 0,5% do
                  Produto Interno Bruto), a criação de empregos (700.000 postos de trabalho só na UE até 2030).

                  Os consumidores também receberão produtos mais duráveis e inovadores que irão aumentar a
                  qualidade de vida e poupar-lhes dinheiro a longo prazo.

                  Em março de 2020, a Comissão Europeia apresentou o plano de ação para a economia circular,
                  que visa promover um design de produtos mais sustentável, reduzir o desperdício e capacitar os
                  consumidores,  por  exemplo,  criando  um  direito  de  reparação.  Há  uma  aposta  em  sectores
                  intensivos de recursos, como a eletrónica e as TIC, os plásticos, os têxteis e a construção.
                  Em fevereiro de 2021, o Parlamento aprovou uma resolução sobre o novo plano de ação para a

                  economia circular, exigindo medidas adicionais para alcançar uma economia neutra em carbono,
                  ambientalmente  sustentável,  sem  tóxicos  e  totalmente  circular  até  2050,  incluindo  regras  de
                  reciclagem mais apertadas e metas vinculativas para a utilização e consumo de materiais até
                  2030.

                  Em março de 2022, a Comissão divulgou o primeiro pacote de medidas para acelerar a transição
                  para uma economia circular, no âmbito do plano de ação para a economia circular. As propostas
                  incluem o reforço dos produtos sustentáveis, a capacitação dos consumidores para a transição
                  verde, a revisão da regulamentação dos produtos de construção e a criação de uma estratégia
                  para os têxteis sustentáveis.

                  A economia circular veio para ficar. Não há dúvida disso: tudo o que temos de fazer é visitar as
                  webpages que a Comissão Europeia dedica a este tema, e que mostram o plano de ação do
                  pacote  de  economia  circular  para  o  ano  em  curso,  bem  como  as  iniciativas  em  vigor  para
                  promover a economia circular entre um vasto leque de intervenientes. E é assim que será nos
                  anos vindouros!




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